ARACAJU/SE, 27 de abril de 2024 , 9:20:43

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A importância das mulheres na sociedade

A promoção da igualdade de gênero é pauta das Nações Unidas que inclusive, criou a ONU Mulheres que é a entidade da Organização das Nações Unidas para a igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. Nesta linha e aproveitando o Dia Internacional da Mulher, julgo relevante destacarmos o cuidado que os homens devem ter com as mulheres em sua vida, ressaltando o seu papel na formação da sociedade e do futuro de uma geração. Estamos na terceira década do Século XXI e infelizmente crescem as manchetes com notícias envolvendo agressões com as mulheres, sob todas as formas.

Neste aspecto, destaco a importância do Brasil ter um Ministério específico para as Mulheres e muitas unidades federativas do país possuírem Secretarias Estaduais para as mulheres. Entende ser relevante destacar quais as competências do Ministério das Mulheres, que são as seguintes: formulação, coordenação e execução de políticas e diretrizes de garantia dos direitos das mulheres; políticas para as mulheres; articulação e acompanhamento de políticas para as mulheres nas três esferas federativas; articulação intersetorial e transversal junto com aos órgãos e às entidades, públicos e privados, e às organizações da sociedade civil; articulação, promoção e execução de programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, para a implementação de políticas para as mulheres; elaboração e implementação de campanhas educativas e antidiscriminatórias de abrangência nacional; e acompanhamento da implementação da legislação sobre ações afirmativas e definição de ações para o cumprimento de acordos, convenções e planos de ação sobre a garantia da igualdade de gênero e do combate à discriminação.

A igualdade de gênero gera grandes transformações socioeconômicas que podem mudar o patamar de desenvolvimento de nosso país e do mundo. Assim, para mim a primeira atitude deve ser com o tratamento que devemos prestar com as mulheres, nossas mães, avós, tias, esposas, namoradas, filhas, noras, netas, bisnetas, amigas, colegas de ambiente de trabalho, seja qual for a classificação, o respeito, carinho e atenção é a premissa maior.

Existem estudos que apontam que os países com economias mais prósperas dão uma atenção especial para o estímulo do trabalho e empreendimento por parte das mulheres, sempre com a mais absoluta dignidade.

Assim, um desafio seguinte é propiciar o acesso digno à educação visando acabar com a existência de segregação profissional e disparidades salariais entre homens e mulheres.

Registre-se que em 18 de Dezembro de 1979, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Entrou em vigor como tratado internacional em 3 de setembro de 1981, após o vigésimo país ter ratificado. Mas muitos desconhecem o referido tratado que precisa ser lembrado e praticado.

As mulheres necessitam da busca da conquista constante de sua independência financeira com uma via do seu empoderamento de mulher, que ultrapassa as suas necessidades individuais e impacta de forma bastante positiva na sociedade. Assim, a liberdade de escolha pessoal e profissional fica efetivada e traz prosperidade, propiciando inclusive, o livramento de dependências nos relacionamentos.

Temos no mundo muitas mulheres ocupando cargos de chefes de Estado, de Ministras, de Governadoras, de Prefeitas, de Presidentes de Empresas e em várias outras posições de destaque que podem influenciar a sociedade.

Como Governantes de nações temos: Cécile Ellen (Granada), Ana Brnabic (Servia), Katrin Jakobsdottir (Islândia), Sandra Prunella Mason (Barbados), Viola Amherd (Suiça), Mette Frederiksen (Dinamarca), Susan Dilys Dougan (São Vicente e Granadinas), Zuzana Čaputová (Eslovaquia), Nataša Pirc Musar (Eslovênia), Kaja Kallas (Estônia), Sahle-Work Zewde (Etiópia), Aikaterini Katerina Sakellaropoulou (Grécia), Katalin Éva Novák (Hungria), Hilda Cathy Heine (Ilhas Marshall), Draupadi Murmu (Índia), Evika Siliņa (Letônia), Maia Sandu (Moldávia), Saara Kuugongelwa-Amadhila (Namíbia), Dina Ercilia Boluarte Zegarra (Peru), Samia Hassan Suluhu (Tanzânia), Christine Kangaloo(Trinidade e Tobago), Vjosa Osmani-Sadriu  (Cosovo).

Registre-se que temos algumas organizações internacionais dirigidas por mulheres, a exemplo da Organização Mundial do Comércio (OMC) que é dirigida pela nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, sendo a primeira mulher e primeira africana a ocupar referido cargo e do Fundo Monetário Internacional (FMI) que é dirigido pela búlgura Kristalina Ivanova Georgieva.

No Brasil atualmente são Governadoras de Estado, Raquel Lyra em Pernambuco e Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte. No atual Governo do Brasil são Ministras: Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Margareth Menezes (Cultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Anielle Franco (Igualdade Racial), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Aparecida Gonçalves (Mulheres), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Nísia Trindade (Saúde)

Várias mulheres já ganharam o mais prestigiado prêmio na ciência mundial, o Prêmio Nobel, a exemplo de Madre Tereza de Calcutá e Malala Yousafzai (duas ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz) e Claudia Goldin que ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 2023 por seus estudos sobre a mulher e o mercado de trabalho.

No mundo executivo brasileiro temos uma mulher no comando do Banco do Brasil (Tarciana Medeiros), mas ainda existem muitos desafios a serem superados para que tenhamos mais mulheres na presidência de empresas ou outros cargos de liderança.

Que neste mês de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, possamos projetar um mundo melhor com as mulheres sendo mais valorizadas e protegidas. E que os exemplos citados sejam inspiradores!