ARACAJU/SE, 27 de abril de 2024 , 9:12:34

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No carnaval, dengue não é fantasia

Há três anos o carnaval tinha como problema a COVID e a preocupação com a sua proliferação após as festas de momo.

Há uma semana para o carnaval de 2024 parece que além do retorno da COVID, muito mais pela falta de consciência da população em se vacinar mesmo tendo disponível nos postos de saúde do país a vacina que poderia evitar que a doença passe de endêmica para novamente causar graves problemas com mortes e ocupação crítica dos leitos dos hospitais, inclusive de UTI’s, também temos que enfrentar o problema da dengue que já alcançou mais de 300 mil casos no Brasil.

No caso da dengue a esperança da vacinação em massa só deve se concretizar em 2025 quando o Instituto Butantan de São Paulo tiver aprovado pela ANVISA a vacina ali desenvolvida para uma produção que atenda a elevada demanda do país.

A vacina japonesa que será usada ainda este ano nas cidades mais atingidas pela dengue não vai atingir toda a população, apenas alguns grupos considerados mais vulneráveis, em duas doses, o que  significará pouco mais de 900 mil pessoas.

Enquanto a COVID tem uma solução, mas a ignorância e ideologização da vacina pode fazer com que após o carnaval os números que já estão se elevando de forma preocupante cheguem a patamares que impactarão os sistemas público e privado de saúde, a DENGUE é resultado das mudanças climáticas também negadas por aqueles que também acreditam que a Terra é plana, e que defender o meio ambiente e ser contra queimadas e destruição das florestas é coisa de “comunista”, que numa conjunção perfeita para as condições climáticas ideais para o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença e de outras como a Chikungunya e a dengue hemorrágica.

Antes da vacina contra a dengue é preciso que a população em geral e o poder público em particular cuidem da limpeza de suas casas, jardins e quintais e das vias, praças e jardins públicos. O problema  é além de uma resposta ao desmantelo climático, também falta de cuidado com a limpeza.

Evitar acúmulo de água por menor que seja o recipiente é uma das formas eficazes de evitar a proliferação do mosquito transmissor, que vive pouco, mas o suficiente para adoecer de forma grave e ate matar pessoas.

Este carnaval, com COVID e DENGUE, é bom lembrar que não se trata de fantasia.